O campus está silencioso, assim como eu. Lentamente o português foge da ponta da língua e aglutina-se no fundo da garganta. Algo parece diferente. Talvez seja a nova disposição dos móveis do quarto ou talvez seja o fato de que metade da luzes de natal queimaram. Talvez o que mudou fui eu. Estar no UWC deixou de ser o sonho e agora é uma realidade tão concreta quanto o fogo no isqueiro entre meus dedos. Todo o entusiasmo inicial aparenta estar escondido em algum lugar dentro de mim ou espalhado em cada uma das pessoas que foram pra suas hmm... casas? lares? países?
Geralmente antes de deitar a cabeça no travesseiro, fico imaginando como vai ser sair de um campus vazio e voltar com ele cheio. Como vai ser encontrar novamente todo mundo? Será que voltar pra casa afetou eles tanto quanto ficar no campus me afetou? Me repreendo ao afirmar que estou overthinking toda a situação e me contento com uma noite de sono. Ainda somos nós. Ainda. Numa visão geral, acho que minha reflexão (ugh) durante o break foi benéfica. Talvez não havia tanto assim pra pensar e as respostas fossem simples e estiveram lá todo tempo. Me encontro com a tendência de complicar demais tudo o que está acontecendo por aqui numa tentativa um tanto quanto falha de processar a avalanche de informação e coisas acontecendo aqui.
Enquanto eu estiver na service week vai sair a lista dos convocados pra segunda fase do processo seletivo do UWC Brasil. Me dei conta que não estou pronto para primeiros anos. Em menos de cinco meses eu já vou estar de volta e será o fim da experiência dos segundos anos no colégio e o início fora dele. Possivelmente essa é a hora que eu começo a perceber que existe tanta gente incrível no colégio que eu não conheci e seja a hora de conhecer. Aliás, isso é uma das coisas que devo muito ao December break, a chance de conhecer pessoas maravilhosas que, há um mês, eram quase que estranhas.
Esse é meu último post de 2013. Um ano um tanto quanto bom. Cheio de oportunidades e aprendizados. Que 2014 seja ainda melhor. (melhor parar porque isso já tá virando mensagem de final de ano da Globo).
Fico ouvindo The Lumineers e pensando em tudo que a gente poderia ter sido. Ouço Disclosure e penso em tudo que a gente poderá ser.
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