A man who had not seen Mr. K. for a long time greeted him with the words: "You haven't changed a bit" "Oh!" said Mr. K. and turned pale.
- Bertold Brecht
Sobre os dois últimos poemas: ás vezes, as palavras que mais expressam o que sinto não são as minhas...
"Como esses primitivos que carregam por toda parte o maxilar inferior de seus mortos, assim te levo comigo, tarde de maio"
sábado, 14 de junho de 2014
sábado, 7 de junho de 2014
Soneto da relação
"tão felizes
que parecem se odiar
tão tristes
que não conseguem ficar um sem o outro
tão sozinhos
que parecem só sonhar
tão juntos
que não importa a distância, nem um pouco
talvez por um triz
escape da dor
de ser amigo
agora me diz
qual história de amor
faz sentido?"
- Kleber Moonfeel
que parecem se odiar
tão tristes
que não conseguem ficar um sem o outro
tão sozinhos
que parecem só sonhar
tão juntos
que não importa a distância, nem um pouco
talvez por um triz
escape da dor
de ser amigo
agora me diz
qual história de amor
faz sentido?"
- Kleber Moonfeel
segunda-feira, 2 de junho de 2014
I'm in a strange state of mind
Provas. Virose coletiva no campus. Três sick-days. Terceiros anos aparecendo em todos os lugares. Término de provas. Feria Verde. Passiflora. Calle 13. Group 4 project. Outing. Último open mic/Evening Cafe do ano. Outro outing. Passdown show. Graduation. Ônibus. Avião. A grande maioria deles regado de álcool e/ou choro. Ao reler (?) o blog de uma quinto-ano, me deparei com a seguinte frase "where days feel like weeks and weeks feel like days", usada sabiamente para descrever a vida no UWC Costa Rica. Essas duas semanas passaram rápidas como uma hora, mas carregavam intensidades de algo cercano (já não sei se estou falando Português ou Espanhol, ou até mesmo os dois misturados com Inglês) de vinte. Em geral, acho que assim também se passou o (quase) ano. Tão rápido, mas tão cheio.
Percebi que minha percepção do mundo não se baseia em tempo. Bom, até certo ponto. Começo a lembrar dos momentos, mas não dos dias. Debato em minha mente se foi numa segunda-feira ou se, na verdade, foi naquela quinta-feira, porque choveu e eu lembro do meu all star estar cheio de lama. Guardo lembranças desse (ou daquele, já que estou no Brasil) lugar naquela sacola de papel verde. Uma semente pra recordar da saída de E. Systems. O lacre do vinho do October Break. O permiso de primeiro de Maio, em que, assim como todos os outros permisos, digo que vou pro Cachi. A bandeirinha da Imperial, taken com muita coragem pós-tequila. O bilhete de ônibus da Service Week. O lacre de mala da "Turtle trip". As mulheres de Marcela. O bilhete de André. O estúpido pedaço de madeira daquele dia com o pôr-do-sol no hill, só não mais estúpido que a moeda de 5 colones que os caixas do Pali insistem em dar. Todos eles ocupam minha atual parede. A foto polaroid antiga de família, localizada ao lado do cartão-postal do ano é a única coisa do Brasil. Todo o resto são pequenos pedacinhos de gente que eu amo, de lugares que eu amo. Pequenos pedacinhos de casa.
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