quinta-feira, 20 de junho de 2013

"Do livro" (parte 1)

(Dividi esse post, pois estava MUITO grande)

PRÓLOGO:
Nasci em 1996, dia 8 de Dezembro pra ser mais exato. São Paulo, capital. Filho de um administrador de empresa e uma estatística, Hugo e Sandra. Tenho uma irmã mais velha, Manuela. 
Louco por Biologia, ainda mais louco por Psicologia, já que nem tudo é explicado por fatos concretos. 
Artista por vontade, na busca de talento. Falo demais, me calo de menos. 
Fiz circo, me apaixonei. Fiz teatro, me apaixonei. Posso dizer que sou de muitas paixões. Não me orgulho de todas. Não escondo nenhuma.
Não sei se vou de calça ou shorts.
Danço sozinho. Falo sozinho. 
Odeio rotina. 
Odeio café-da-manhã. Amo café-da-manhã.
Filósofo do bom humor. Feminista. Leitor. 
Sou abstrato, sou quadrado.
Feliz. 
Alto.

CAPITULO 1:
Um balãozinho vermelho pulou na tela do computador: "Sofia Pontes Moreira te marcou em uma publicação". Tá, ok, daora. Cliquei. Um negócio estranho. Um tal de UWC. Nossa, legal! Um colégio internacional! Parece irado! Nossa, incrível! Caralho, que foda! Nossa, vou muito me inscrever! (mal sabia eu no que estava me metendo). Imprimi o cronograma do processo seletivo 2013-2015. Coloquei no meu mural.
Passaram uns meses, abriram as inscrições. Uma mãe relutante com milhares de dúvidas. "Mãaaaae, cê ja entrou no site pra ver? Daqui a pouco acabam as inscrições!". Pronunciei isso dezenas de vezes. No final das contas, ela viu. Me inscrevi. Um application escrito  às pressas. Enviei. 

CAPÍTULO 2:
Saiu a lista com todos os candidatos. Nóia que sou, contei a quantidade de candidatos. Não lembro quantos, exatamente. Éramos 200, 210. Uma certa Mostariana (?) me mandou uma mensagem: EI! adorei ver seu nome na lista de inscritos pro UWC Boa sorte, Pietro! Calhou que a prova do processo seletivo caiu bem no meu aniversário. Sábado. Dormi tranquilamente na noite anteiror, acho... 
Acordei, tomei um café-da-manhã meia boca (como sempre). Fui trocando SMS com a Mari (minha amiga do CISV) até chegar no Santa Cruz. Encontrei ela com uns amigos, todos extremamente simpáticos. Folheamos o guia de atualidades da Abril até que começaram a falar. Subimos para as salas de prova. A Mari estava na minha, o que me tranquilizou bastante visto que estava cercado de rostos estranhos. Fiz a prova. Fui almoçar em casa. Voltei pro colégio pra fazer a redação. Encontrei novamente a Mari, ficamos conversando. Vi um grupo de pessoas de rostos familiares chegando, no meio delas tinha uma certa japonesa que, mal sabia eu, viraria uma das pessoas mais especiais pra mim. Subimos. Havia estudado os dois temas no colégio. Escolhi o que havia me torturado por dois trimestres. Meu carrasco foi meu herói. Entreguei a redação, passei por rostos desconhecidos; um em especial, vestido com uma blusa azul. Saí da sala sem expectativa nenhuma. Nunca consigo estimar meu desmpenho. Fiquei conversando do lado de fora com candidatos e ex-alunos. Ri bastante. Descobri bem depois que, desses ex-alunos, uma era minha entrevistadora e dois eram meus selecionadores de convívio. 
O resultado só iria sair dois meses depois. Numa noite, estava sozinho em casa, caindo de sono. Resolvi descer o feed de noticias do Facebook uma última vez. Vejo na página do UWC Brasil que o resultado tinha saído antes. Cliquei no link. Desci tudo. Lá estava meu nome. "Pietro Tardelli Canedo - São Paulo". Não acreditei. Saí correndo pela casa! Mandei milhões de mensagens para a tal japonesa, a única além da Mari que eu "falei". Ela também havia passado! Tudo começou a ficar real. 

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