quinta-feira, 24 de julho de 2014

In the morning I'll be with you, but it will be a different kind

     Tudo entre o Passdown Show e a decolagem do avião não foi inteiramente processado pela minha mente. A quantidade de emoções (e álcool) envolvidas tornaria a tentativa um tanto quanto pífia. Pouco a pouco vou entendendo que muitas das coisas do "mundo real" não se aplicam à bolha que vivo. Minhas semanas de mau humor e cansaço foram instantaneamente convertidas a nostalgia quando, entre uma das deliciosas risadas da Kelly (Botsuana) e o refrão de "Piano Man", fruto do show surpresa dos professores na cafeteria, tudo "fell  into place" e uma vontade de ficar lá para sempre me dominou. Pequenas surpresas iam fazendo meus dias. O presente da Robin (Holanda), o cochilo em Flamingo #6 ou o almoço no gramado com Dilly (País de Gales) e Isaac (EUA - professor de E. Systems). Não havia IB, preocupações ou stress. Nosso único problema eram os poucos dias que restavam.
      Eu ia recontar o resto dos momentos que antecederam a volta para o Brasil e como tudo fluía naturalmente, mas parei aqui e decidi que não o faria. Por enquanto, ao menos... Sempre há aquela memória que você quer só para você. Pra mim, essa memória é a eternidade do passado que não volta mais, mas que também não deixo ir a lugar nenhum. Está tudo gravado em mim em algum lugar entre a pele e a alma.